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ERROS DE LÍNGUA PORTUGUESA
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Erros
de uso da Língua Portuguesa sempre existirão, mas cabe ao professor tentar
corrigi-los. Então, os erros que mais venho escutando e lendo são os seguintes:
1)
Uma
e pouca, duas e pouca, três e pouca, se referindo às horas. Em Santo Antônio da
Patrulha, é comum eu ouvir isso, e de gente com nível superior. Mas o correto é
uma e pouco, duas e pouco, três e pouco, porque “pouco”, nesses casos, é um
advérbio, e advérbios não se flexionam.
2)
“Quando
ela vir, nós vamos à sorveteria”. O futuro do subjuntivo exige, nesse caso, que
seja dito “quando ela vier”.
3)
“Se
cansou-se, se terminou-se, se levantou-se”. No interior de Santo Antônio da
Patrulha, principalmente com pessoas analfabetas, se ouve o uso de verbos com
dois pronomes, mas isso não existe na Língua Portuguesa. O correto é “se
cansou, se terminou, se levantou”, usando a próclise, ou a ênclise, no caso dos
lusitanos, “cansou-se, terminou-se, levantou-se”.
4)
“Haverão
aulas ead”. Estranho que, na faculdade de Filosofia de uma universidade
federal, todos os professores, mesmo com mestrado e doutorado, usam o verbo
haver conjugado no sentido de existir, mas, nesse caso, ele é impessoal e fica
sempre na terceira pessoa do singular. Ou seja, haverá aulas ead, não haverão.
5)
Na
maioria dos textos que li sobre coronavírus, a palavra paralisação vem escrita
com “z”. Como sou professor de línguas, tenho de corrigir uma centena de
redações por semana, mas não foi de aluno que vi esse erro, graças a Deus.
6)
Num curso que os professores do Estado estão
tendo de fazer na internet (como eu gosto de estudar, para mim está tudo bem),
vi inúmeras frases com vírgula entre sujeito e verbo, mas isso não é permitido
pela gramática: “Joaquim e Maria, foram à praia.” Não existe essa vírgula.
O verbo iniciar
apresenta duas formas de escrever: se o sujeito é uma pessoa, ela inicia um
projeto, mas, se o sujeito é um projeto, ele se inicia.